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2 de maio de 2017

Lenovo, o que você fez com a Motorola?


"A Motorola não é mais a mesma", essa é uma frase cada vez mais utilizada desde que a Lenovo comprou a empresa da Google em 2014. Os motivos para que isso seja dito vão desde problemas sérios até a planejamentos estratégicos sem sentido algum e você vai conferir agora quais são eles.

Motorola ou Samsung?
Dois motivos principais levaram a Motorola a voltar a ser opção na hora da compra: o primeiro era o preço extremamente competitivo, o que tornava a empresa uma das únicas que competia com a Samsung. E o segundo era a simplicidade da linha, o que tornava fácil distinguir qual aparelho pertencia a uma certa faixa de preço.

O primeiro motivo acabou caindo por terra devido não só a mudanças estratégicas mas também pela conjuntura econômica nacional.

Mas, o outro motivo, que nada tem a ver com fatores externos, impressiona pela bagunça que a Lenovo causou na linha Moto. A "Samsunguização", fenômeno conhecido pelo lançamento desesperado de vários modelos de aparelho com a única finalidade de atingir usuários muito específicos, chegou com força na tradicional marca de smartphones.

Agora, além do Moto E (não lançado mais no Brasil), G, X e Z, temos o M e o C (esse último com certificado Bluetooft SIG, o que comprova sua existência).

Todo esse desespero em fazer a Motorola rentável pode acabar fazendo com que a Lenovo consiga o contrário: afastando cada vez mais consumidores e perdendo mercado para as companhias chinesas. Não vai ser esquecendo a inovação por completo que a Lenovo vai ganhar dinheiro com a Motorola.


Motorola (Lenovo) Moto
Não posso esquecer de mencionar, também, a confusão que a Lenovo tem feito em sumir com a marca Motorola. Em 2014 a Lenovo havia dito categoricamente que iria ficar com a marca e que ambas coexistiram.

Até que em 2016 a chinesa mudou de ideia e decidiu que apenas o nome "Moto" e a logo "M" na parte traseira eram necessários e que os modelos passariam a se chamar Lenovo Moto. Ela informou que isso foi necessário já que a Motorola havia feito com que a chegada de produtos Lenovo como o Vibe desembarcassem ao Brasil, o que tornaria a missão da marca concluída.

Mas, em março desse ano a Lenovo resolveu mudar de ideia, de novo. Agora, reconhecendo a importância da marca a Lenovo vai retornar com o nome "Motorola", aos poucos. E isso deve ser feito gradativamente até mesmo na casa da empresa, na China. Recentemente pudemos ver que essa proposta já está sendo pondo em prática já que, segundo o Gizmodo China, os aparelhos "Zuk" devem sumir do mercado, dando lugar ao "Moto".

Toda essa confusão mostra o quão perdida e como a Lenovo trata uma marca tão tradicional, responsável pelo primeiro celular do mundo.

Problemas sérios em demasia
Esse é um problema que dezenas de usuários do Moto G4 devem se identificar bastante: a Lenovo tem lançado cada vez mais celulares defeituosos. 

Ok, é compreensível que aparelhos intermediários em larga escala como a linha "G" sejam sucetível a problema, mas o que vimos nos últimos dois modelos, o Moto G3 e G4 passa longe do que seria normal para uma linha.

Ghost Touch, problema que faz com que o aparelho apresente toques independentes na tela e Burn-in, marca fantasma que permanece no aparelho sempre que um app fica muito tempo aberto, assombraram muitos usuários.

Lenovo, pare!
O processo de desfiguração não só na marca como na qualidade e na estratégia de lançamento dos aparelhos foi feito com muita rapidez. Tudo isso não foi atoa: até hoje a compra da Motorola não deu bons frutos para a Lenovo causando, até agora o contrário: prejuízos.

Isso pode ser perfeitamente explicado pela confusão que a empresa fez com os aparelhos: no desespero de fazer a linha Moto dar mais lucro, inflou o preço do Moto G e deixou o Moto E de lado, isso sem contar as várias variações lançadas pela empresa como o Moto C e M que se juntaram ao X e Z. Tudo isso fez com que a Motorola caísse do terceiro para o oitavo lugar entre as que mais vendem smartphones.

A estratégia desenhada pela Google era muito mais interesse: Moto E, básico, G intermediário, X premium e MAXX super premium. Simples e fácil de entender. Além disso, o sistema mais limpo e os poucos aparelhos proporcionavam uma assistência técnica muito mais eficiente e menos problemas de fábrica.

O que muitos fãs da Motorola tem pedido é que a Lenovo simplesmente pare com essa estratégia louca de lançar tantos aparelhos e variações com poucas diferenças e inovações e passe a focar mais em versões específicas e na qualidade dos dispositivos. Talvez as duas - ao invés de três versões - do Moto G5 sejam a esperança no fim do túnel para a marca.

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