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20 de março de 2020

Opinião: sucesso da Nokia no Brasil depende de uma escolha importante


A história da Nokia com smartphones é longa. Tivemos o auge da empresa ainda com o Symbian, a compra pela Microsoft com a traumática fase do Windows Phone e agora temos o nome da empresa sendo usado pela HMD (formada por ex-engenheiros da antiga Nokia). Ufa, muita coisa, não é mesmo?

Independente disso, em todas essas fases o Brasil sempre foi um mercado que a marca procurou estar presente e o público daqui tem um apego muito forte com os seus produtos.  Esse carinho e amor dos brasileiros foi inclusive demonstrado em um print usado na apresentação para falar da chegada dos produtos da empresa no Brasil. 


Mas apesar da empolgação inicial é preciso ter cautela principalmente em relação aos preços dos produtos. A Nokia sempre foi conhecida por aliar preços baixos com aparelhos de excelente qualidade. Agora com a HMD Global por trás lidando com a logística e com a Foxxcon fabricando os aparelhos, é necessários saber como funcionará a dinâmica aqui no Brasil.

Quando a Nokia ainda era da Microsoft ela possuia uma fábrica própria em Manaus onde também existia a Fundação Nokia. Ambas foram vendidas em 2015 para a Flextronics como parte do plano de acabar com a divisão de smartphones.

Agora com a HMD, se a Nokia optar por formar parceria com a Foxxcon aqui no Brasil (ou até mesmo com a Gradiente como foi no passado) e fabricar os aparelhos em território nacional, há grandes chances que os preços cheguem competitivos, o que pode saciar as expectativas dos fãs da empresa. 

Mas, em momentos de impacto global do Coronavirus, há chances de a HMD Global preferir apenas importar os aparelhos fabricados em outros lugares e montar uma operação de vendas local, com a garantia nacional sendo o grande atrativo para o consumidor. No entanto, os preços devem ficar bem acima da média do mercado, ainda mais se for contar com a alta cotação do dólar, que encarece os produtos importados.

Se essa última alternativa se confirmar, veremos um cenário muito parecido com o que está acontecendo com a Xiaomi no Brasil: os consumidores ainda preferem comprar os aparelhos por meios não oficiais porque o preço em loja não compensa.

Em tempos de crise, nem um nome forte vai fazer com que os consumidores gastem altos valores em um produto (tirando iPhone). O dinheiro sempre fala mais alto.

Atualização
Em uma entrevista exlusiva ao Valor Econômico a Nokia afirmou que deve chegar ao Brasil por meio de uma parceria com a Multilazer no segundo semestre. Entretanto, isso pode ser revisto devido a pandemia de Coronavirus no mundo.

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